O sonho do ex-candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Zé Neto (PT), Sandro Nazireu (Podemos), de voar mais alto disputando as eleições para prefeito em 2028 pode ganhar um verdadeiro banho de água fria e ter suas portas fechadas na política baiana pelas lideranças de seu próprio grupo político já nas eleições de 2026. A “lua-de-mel” dele em um “ninho” estranho aos evangélicos já está acabando sem que nem perceba.

Muito dificilmente Sandro Nazireu, que já saiu muito invaidecido das eleições municipais deste ano, mesmo sendo apenas uma figura coadjuvante de um grupo perdedor, contará com apoio do Governo da Bahia para disputar uma vaga na Assembléia Legislativa ou na Câmara Federal para não ofuscar as “estrelas” do PT.

Para evitar um racha no grupo em Feira de Santana nas eleições de 2028, com a concorrência de um candidato que não seja “puro sangue” do PT, aliados do momento tendem a naturalmente criar obstáculos para impedir a sua projeção na política. Justamente por isso, dificilmente Sandro Nazireu continuará tendo qualquer apoio na base do Governo do Estado que lhe garanta qualquer projeção.

Basta ver o destino de diversas lideranças políticas de partidos da base do Governo da Bahia em Feira de Santana, que foram tiradas de cena para não ofuscar as pretensões políticas do deputado federal Zé Neto (PT). Tanto que a vaga para deputado estadual por esta cidade terminou sendo disputada com êxito por um candidato importado temporariamente de Salvador, Robinson Almeida (PT), enquanto o grupo tentou sufocar a eleição do deputado estadual Ângelo Almeida (PSB).

Ao longo da história recente, o vice-prefeito eleito e deputado estadual Pablo Roberto (PSDB) já passou pelo PT e sofreu fortes retaliações enquanto vereador para que não seguisse em projeção política, da mesma forma que também os ex-vereadores Beldes Ramos, Alberto Nery, Marialvo Barreto e tantos outros. Assim o “cacique” do PT na cidade não divide a indicação para ocupar cargos temporários do Governo do Estado na cidade praticamente com ninguém, reinando absolutamente como “imperador”.