A Globo quis que o país parasse na noite deste domingo para ver a entrega do Oscar e celebrar as vitórias dos brasileiros em Los Angeles. As torcidas organizadas mais pareciam estar vendo uma final de Copa do Mundo, com o Brasil na decisão e com possibilidade real de marcar três gols.

Se fosse uma partida, o Brasil teria perdido de 2 a 1 – pior: de virada. A torcida foi à loucura quando o filme “Ainda estou aqui” levou a estatueta na categoria de Melhor Filme Internacional, que concorria com “Alicia Perez”, outro finalista de melhor filme. Fernanda Torres não trouxe o troféu, nem “Ainda,,” ganhou a segunda ou terceira estatueta dourada.

Se tivesse ganhado, claro que seria homenageada com uma canção ufanista semelhante a da conquista da Copa de 58. Seria recebida com festa e participaria de uma carreata no ponto mais alto de um carro do Corpo de Bombeiros. Um feito com potencial para parar o país.

Claro que o prêmio e as indicações são reconhecimentos da qualidade do cinema nacional, que já concorreu outras vezes. É justo querer colocar esta conquista num pedestal. Afinal, a primeira vez é inesquecível e deve ser comemorada à exaustão. 

Mas existem exageros, ao politizar o prêmio. “Com filme brasileiro, Oscar manda recado poderoso de defesa da democracia”, escreveu Jamil Chade, colunista do UOL. Recado poderoso? Duvido muito se algum filme contar as atrocidades cometidas pela esquerda naquele período, o comentário não existiria.

O jornalista Chico Barney pegou pesado: “Oscar foi melhor que Copa do Mundo porque a gente ganhou…”. Chico deu uma de Barney, aquele amigo tontinho de Fred Flintstone. Esqueceram de avisa-lo de que a primeira Copa foi conquistada pelo Brasil em 1958., seguida de outras quatro, 

Loola celebra Oscar de 'Ainda Estou Aqui' e exalta democracia: 'Orgulho’. Será que este energúmeno pensa que a esquerda tupi pensava em derrubar a ditadura e troca-la por uma democracia? Estes democratas de araque – praticamente os mesmos que a defendem hoje, queriam instalar uma ditadura do proletariado, tão ruim como uma de direita.

O lado bom do Oscar é que os brasileiros poderão virar para os argentinos e dizer-lhe que o país tem uma estatueta. Eles responderão tem duas. O importante é que o Brasil entrou neste seleto clube. Mas os hermanos já ganharam o Prêmio Nobel e o papa nasceu para aquelas bandas. Estão na vantagem e o Brasil na fila.

Por: Batista Cruz / https://www.facebook.com/batista.cruz.33