Tão inesperada quanto a subida ao palco durante o show de Flávio José, a vaia fervorosa sofrida pelo governador Jerônimo Rodrigues durante festejo do São João em Amargosa continua ecoando por toda a Bahia como nítido reflexo da decepção dos baianos com o PT. E, inevitavelmente, assim como também o presidente Lula vem sofrendo rejeição pelos quatro cantos do país, qualquer candidato que tentar eleição pelo Partido dos Trabalhadores em Feira de Santana enfrentará como prova de fogo um inevitável alto índice de rejeição popular.

Para evitar maior constrangimento, o governador Jerônimo Rodrigues abandonou o palco rapidamente para tentar disfarçar a indignação dos baianos com sua presença. E motivos não faltam em um estado governado 17 anos pelo PT sem dar soluções para os altos índices de violência, desemprego, péssima qualidade do ensino público e denúncias contra sua administração.

O índio, como o próprio governador se identificou nas eleições para o Governo do Estado, não teve outra reação a não ser ficar tonto diante de vaias. E o índio tonto também não teve sequer tempo para explicar ao cantor Flávio José o que acontecia de tão rápido que abandonou o palco.

Pelo Brasil, Lula também tem evitado sair em público em locais onde as pessoas em seu entorno não possam ser criteriosamente selecionadas. E, mesmo assim, até mesmo muitos petistas estão decepcionados com suas políticas públicas, que geram inflação, dão margem ao crescimento da violência e retomada da corrução desenfreada.

E os reflexos, em ano eleitoral, atingem qualquer um que seja o candidato que se arvore de disputar as eleições pelo PT. Basta ver que a estrela do partido em Feira de Santana, o deputado José Neto (PT), amarga uma alta rejeição dos eleitores feirenses de 38,17%, segundo dados da Pesquisa divulgada pela Séculos Consultoria, registada no Tribunal Regional Eleitoral (TER) sob o número BA-033398/2024, divulgada no dia 17/06.