A queda consecutiva na popularidade do presidente Lula, por não cumprir promessas de campanha, conforme reclamam entrevistados em pesquisas de opinião pública, está impactando negativamente nas pretensões dos candidatos do PT a cargos eletivos este ano. A mais recente das pesquisas, divulgada nesta quarta-feira (08) pela Genial/Quaest, revela que a população está dividida entre os que consideram a administração petista como positiva e os que consideram como negativa.
O resultado da queda na
popularidade de Lula perante a opinião pública está se tornando um pesadelo
para os articuladores de campanhas de partidos de esquerda, que vêm com
preocupação o que pode vir pela frente. Em Feira de Santana, a situação não é
nada favorável para o pré-candidato José Neto (PT), mesmo porque ele já
disputou e perdeu cinco eleições para prefeito nesta cidade e é visto como
antigo “freguês” para seus adversários.
A Quaest também
observou que a aprovação do governo Lula oscilou para baixo, chegando a 50%,
enquanto a desaprovação atingiu 47%. Em fevereiro, 51% aprovavam a gestão
federal e 46% a desaprovavam. Além disso, pela primeira vez desde junho do ano
passado, a maioria da população (49%) considera que o Brasil está na direção
errada, enquanto 41% afirmam que o rumo do país está correto (em comparação com
45% há dois meses).
Os entrevistados também apontaram os principais problemas do Brasil atualmente: economia (23%), saúde (19%), violência (17%), questões sociais (14%), corrupção (9%) e educação (8%). A Quaest ainda solicitou exemplos de notícias positivas e negativas sobre o governo Lula. Entre as positivas, destacam-se o Bolsa Família de R$ 600 (valor herdado do governo Bolsonaro) com R$ 150 adicionais por cada criança, a ajuda ao Rio Grande do Sul em meio às chuvas e a melhora na economia. Já entre as negativas, estão a percepção de que o governo Lula não cumpre suas promessas ou é corrupto, a postura negativa do presidente e o aumento dos preços e da inflação.