Professores da rede
pública municipal de Feira de Santana fizeram um protesto, na manhã desta
segunda-feira (27), exigindo o direito à antecipação do pagamento do Fundef, proposto
pelo Governo Municipal mas que estranhamente está sendo rejeitado pela
APLB/Sindicato.
Por lei, os precatórios
do Fundef são um direito adquirido pelos professores que trabalharam nas
escolas da rede pública no período de 1997 a 2006. Justamente por isso, não
contempla quem entrou no serviço público após este período.
Quem tem direito ao
benefício reclama que a presidente da APLB, Marlede Oliveira, quer “democratizar”
os valores recebíveis dos precatórios, dividindo o valor de quem faz jus ao
recurso com quem por lei não teria direito algum.
Para tentar garantir o
direito a antecipação do precatório do Fundef, como já fez também o Governo do
Estado, os professores da rede pública municipal de Feira de Santana estão
recorrendo ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipal e assinaram um
abaixo-assinado cobrando o direito à proposta do Governo Municipal de antecipar
os valores a receber.
A professora aposentada
Arlete Maria Guimarães protesta contra a APLB. “Não aceitamos dividir nosso
valor a receber com quem não tem direito. Marlede Oliveira (representante da
APLB), fez uma assembleia com as pessoas que não têm direito para oferecer um
dinheiro que não é dela só para fazer média com essas pessoas”, denunciou.
A mesma insatisfação é
da professora Elane Ferreira da Silva. “Estamos muito decepcionadas com nosso
sindicato (APLB) e por isso tanto eu quanto outras colegas já nos desfiliamos
pois não nos representa. Como ela (Marlede Oliveira) trabalha contra o
professor? É ano eleitoral e Marlede quer barganhar nosso dinheiro com quem não
tem direito para conquistar apoio na política”, denunciou.
Outra insatisfeita é a
professora Neilse Mendes. Ela considera estranho e contraditório a APLB não
aceitar que a Prefeitura antecipe o pagamento dos precatórios do Fundef e ainda
com reajuste dos valores, mas aceitou que o Governo do Estado antecipasse sem
fazer nenhuma correção monetária. Além disso também reclama que a própria
Marlede é funcionária do Estado e já recebeu seu pagamento do precatório e quer
prejudicar os demais professores por questões políticas.
O presidente do
Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Hamilton Ramos, informa que está
acolhendo a reivindicação dos professores, através de um abaixo-assinado, e
observa que a ideia da Prefeitura é abrir uma consulta pública com bancos para
eles apresentarem propostas que serão levadas para os professores escolherem a
instituição que considerarem com proposta mais vantajosa, ao contrário do que
fez o Governo do Estado, que ele próprio escolheu e impôs uma instituição sem
concorrência de valor.