FEIRA DE SANTANA – Candidato à reeleição no dia 2 de outubro, o deputado federal feirense Zé Neto (PT) mudou a “cor da pele”, num intervalo de quatro anos, como se fosse uma espécie de “camaleão”. E, com isto, se beneficiou com nova lei federal que contempla candidaturas de negros e pardos.

A “mudança de cor” está sendo questionada nas redes sociais pelo internauta identificado pelo nome de Mazosete, que quer saber do próprio Zé Neto o motivo dele somente se reconhecer como PARDO agora, coincidentemente com a nova lei em vigor?

Mazosete observou que o deputado federal Zé Neto se autodeclarou branco nos dados primários do TSE, em 2018, e consta como PARDO no Infoleg Parlamentar, em 2022. Ambos são dados de fontes oficiais do governo brasileiro.

A alteração na autodeclaração da cor da pele não passou em branco para Mazosete. “Essa mudança é bastante conveniente haja vista que o Congresso Nacional promulgou a Emenda Constitucional que impõe o repasse mínimo de 30% do Fundo Eleitoral para candidaturas de negros e pardos”, afirmou, se dirigindo diretamente ao parlamentar em sua rede social.

O internauta reconhece que a expectativa é de que as medidas possam diminuir as desigualdades na representação na política brasileira. Entretanto, observa que “quando Zé Neto se declara PARDO ele limita a [ação afirmativa*] que visa democratizar o acesso à vida política”.

E conclui com uma análise. “Em um país tão miscigenado não vejo problema algum se declarar o que bem entender, mas quando muda de BRANCO para PARDO nesse contexto, fica nítido que além de buscar um benefício sempre se enxergou como não negro e não pardo...”.