A médica Rute Nunes de Oliveira Queiros, 52 anos, foi absolvida pelo juiz Moacyr Pitta Lima Filho, da 16ª Vara Criminal, quatro anos após se envolver em um acidente de trânsito que provocou a morte da professora de dança, Geovanna Alves Lemos. A sentença foi publicada na última quarta-feira (21).
O acidente ocorreu no
dia 15 de março de 2018. A professora de dança, Geovanna Lemos, seguia de
corona com o mototaxista, Luciano da Sila Lopes, quando foi atingida. Ela
morreu no local do acidente, enquanto o condutor da motocicleta ficou ferido,
mas sobreviveu. Rute Nunes Queiros foi autuada em flagrante, na época, por
homicídio culposo – quando não há intenção de matar.
A decisão do
magistrado, segundo a sentença, levou em consideração a “inexistência de provas
suficientes para a condenação” da médica, uma vez que Rute Queiroz não estava
consciente no momento do acidente.
TESE DA DEFESA
O juiz Moacyr Pitta
justificou sua decisão, ainda, afirmando que a perda de consciência da médica
Rute Queiroz afastou a imprudência dela no momento do acidente, uma vez que
decorreu de um fortuito, problema de saúde, o qual retirou sua culpa.
O site Olá Bahia
procurou os advogados de defesa da médica. Ela foi defendida por Sérgio Habib e
Thales Habib. Na manhã desta sexta-feira (22), advogado Sérgio Habib disse ao
site que recebeu a notícia de absolvição da médica Rute Queiroz com muita
tranquilidade.
“Lamentamos o
acontecimento, mas recebemos a notícia da absolvição de nossa cliente como
muita tranquilidade. Por todo tempo, sustentamos que ela [a médica Rute
Queiroz] não teve qualquer intenção de causar a morte da vítima. A nossa tese
foi desde sempre a do caso fortuito, ou seja, que foi realmente um acidente
trágico ocorrido. Ficou evidenciado que a médica Rute Queiroz sofreu uma
síncope na direção de seu veículo, que desgovernado veio a colidir com a
motocicleta que trafegava no Itaigara e, consequentemente, levar a óbito a
jovem Geovanna”, comentou.
Sérgio Habib ressaltou
que, apesar da decisão favorável à sua cliente, nada tem a comemorar, uma vez
que respeita o sentimento da família da vítima. “Neste momento apenas aceitar a
decisão que absolveu a nossa cliente, a médica Rute Queiroz, entendendo que se
fez justiça na medida em que tudo ficou devidamente esclarecido”, disse o
advogado.